Todo escritor necessita de “seis” coisas para sobreviver:
Paixão, contradição, direito ao erro, dor, raiva e mente aberta, e por vezes se
dá o direito de ser bipolar, tripolar talvez. Eu acho engraçado quando tentam analisar minha
escrita por mim mesma ou vive e versa. Por
não conseguirem realmente ir a fundo ao que eu quero dizer, pois a chamada de atenção
se resume a: “Explique isto”, “faltou vírgula”, “erro de concordância” ou
outras besteiras incompletamente estéticas.
“Meter-me” com português é um desafio. Um desafio do qual eu
poucas vezes ganhei, e olha que ganhar da matemática é fácil. Porém, eu não nasci
para nenhum dos dois. E isto não é algo pelo qual eu lamento, pelo contrário, é
uma carta de liberdade.
O vislumbre me causa o furor. Por dois motivos: Sinal de que
compreenderam; E pena que fica só por isto mesmo. Meus textos não são para ser
lindos, mas sim sentidos, provocativos e causadores de reação com direito a múltiplas
interpretações, tais como minhas confusões, metáforas e ferramentas dúbias das
quais nunca buscam uma única definição em objetivo. Se for para entender, seria mais ou menos
assim: tem que soar como música, ser misterioso como o céu noturno e gerar
expectativas como um sol nascente.
Minha rebeldia não se resume mais a vestir roupas rasgadas e
responder mal as pessoas. Mas sim a nunca me contentar, em jamais aceitar um único
caminho, em ser imprevisível e nunca parar de sonhar, mesmo que as nuvens
estejam altas demais. E tantas outras coisas das quais eu estou redescobrindo.
Eu sei que ainda tenho sob a cabeça aquele breve sinal de interrogação:
“O quê é que você quer com sua vida?”, e que escrever nunca foi um talento,
embora eu tenha herdado de traços familiares, mas sim uma inspiração. Que surgiu
do nada e que para o nada um dia voltará. Eu só espero que não tentem
despedaçar meu coração, pois é neste que esta a minha voz, já os meus poemas
seguem rabiscados em algum caderno por aí, meus filhos e netos deverão se
ocupar deles depois, porque não cabe a mim me imortalizar.
*Dedicado a Nataly Lopes/Minha primeira “mentora”;
Di, minha Maa/A “causadora” de tudo isto.
Xico/Meu orientador e grande incentivador na escrita .
Música: Eu, não/Luiza Possi.
Xico/Meu orientador e grande incentivador na escrita .
Música: Eu, não/Luiza Possi.
3 comentários:
Meu Deus, Nine, vendo pela tua ótica sinto que matamos um leão bravo a cada vez que postamos um texto.
Sinal de que estamos no caminho...
Um beijo, benzão, sua linda!
♥
Caramba, Allyne, adorei esse seu texto!
Faço das palavras de Clarice Lispector, as minhas:
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
(...)
O trecho a seguir do seu texto foi lindo, Allyne:
"Se for para entender, seria mais ou menos assim: tem que soar como música, ser misterioso como o céu noturno e gerar expectativas como um sol nascente."
Um abraço, queridona.
Dessa rebeldia e de se agarrar nas nunvens eu entendo um pouco.
Vamos voar? ;)
Um beijo, ou muitos. Rá! Te adoro, guria!!!
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