"Quantas vezes você quis fugir, brincar de perfeição e esquecer tudo que passou e seguir em frente sem passado, fotos e recados de amor eterno?
Quantas vezes se arriscou e até brigou por defender aqueles devaneios em que lá no fundo nunca acreditou?
Seus amigos se foram, as pessoas que você acha que adora estão a Km de distância e tudo que você mais acreditou que fosse o certo na verdade é uma trama.
Quem estava ao seu lado quando você mais precisou? Quem te conhece melhor do que você mesmo e sua mãe? A quem você recorre quando a noite é longa e fria demais? Em quem você pensa quando olha o céu noturno repleto de estrelas?
A crise de meia idade chegou mais cedo e você entra em pânico porque até agora o homem perfeito não bateu a sua porta e os semideuses não são lindos de morrer como é na TV ou em seus sonhos mais fantasiantes.
E você começa a se martirizar que deveria ter curtido mais, se arrepende porque se entregou demais e porque abusaram da sua paciência e bondade quando você nada mais era do que bobinha, sem enxergar nada além do que amor, amor e amor.
Caia na real! Os fuxicos existem, Lobo mal é um ser predador que pode ser domado, Chapeuzinho não é uma santa e as Vovós já não ficam mais deitadas numa cama esperando a morte pelo Sedex. “O Príncipe encantado” trocou de time, se casou ou não quer nada sério com você, “Shrek” é feio e sem educação, mas que em compensação foi o único entre tantos outros pomposos reis que teve coragem suficiente para amar “Fiona” como ela realmente era e não pelo titulo que ela ostentava em “Tão, tão distante”.
Dê um tapa em si mesma e comece a perceber que você não pode sobreviver aos fatos e a vida como se eles fossem os piores do mundo e colocar todas as pessoas, sem antes passá-las em uma peneira, em um pedestal. Você não tem que assumir uma postura 100% egoísta e se isolar de tudo e de todos, porque temos que tentar compreender o universo dos outros, mas não precisa cometer o erro de se apaixonar perdidamente pela casca ao invés de procurar enxergar a essência alheia, deixar de ser sonso e ir ao fundo e não só até a contra capa das coisas.
Acima de tudo você precisa parar de ser lamentar, de procurar erros, se comparar aos demais e viver a vida em “Stand by”. Internalizar que é bom ser sensível, mas ter senso crítico, que é bom amadurecer, mas não perder a criança interna, e que amor quando é amor é tão forte e livre de sentimentos ruins de pose que você terá forças para deixá-lo partir quando os círculos se findarem, e ter a certeza de que péssima ou ótima a vida é para ser vivida e não estragada a toa como um pote de leite mal armazenado.
Breve inspiração com os poemas: "Filtro solar" de Mary Schmich (Interpretado no Brasil pela 1ª vez por Pedro Bial no dia 01/01/2003, “Fantástico”), e "Minimamente feliz" de Leila Ferreira, disponível no blog "Alguma coisa a mais pra ti ler". "
7 comentários:
Pois é, Nine..."equilíbrio" continua sendo o artigo mais desejado de todos os tempos.
Um beijo enorme, flor!
Adoro-te, viu?
Gostei...
Encaixou perfeitamente em determinadas ideias que andam rondado minha mente...
Ótimo texto!!!
Bjs
desliga o dvd, a internet, os sonhos e enfrenta a vida real, doi mas sara!
Oi Bella!
Desapareceste! Te vi na Rita e cá estou...
Passa na Jubiart!
Beijoooooooooooooooo
me vi em cada parágrafo.
acordei pra vida. rsrs
beijos
pois muito obgda mocinha!! belo puxão de orelhas!!!
veio de encontro com o que discutíamos anteriormente.
bjos meu anjo!
Todos precisamos nos dar um tapa de vez em quando. E acho que encarar o significado disso e mudar o necessário é o mais importante, assim como é o mais difícil...
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