Atentei-me a um fato
interessante, vai fazer quatro anos que eu escrevo (digo, escrevo
textos/poemas, etc.), e três anos que conheço blogs. E olha que coisa legal!
Aqui estou eu, neste meu blog “solitário” de passagem conversando com vocês.
Porque, não é segredo para ninguém que o meu primeiro “diário virtual” surgiu
sozinho e impulsionado por curiosidade.
Logo após isto resolvi transforma-lo em
parceria, convidando a minha querida Rita de Cássia para escrever comigo. E o
que era “êxtase e rock and roll nos porões da mente” (nome censurado – por meus
amigos – por supostamente remeter a drogas), passou a se chamar “nos porões da
mente”, dando origem a outro blog chamado “Os brejos ao redor da minha alma agreste”, do qual eu também fazia parte. Se os porões tiveram seu nome
inspirado em outro blog “enxaqueca e êxtase” (errou quem pensou que este se
remetia ao capitulo nove do livro O Vendedor de Sonhos - Vol II), os brejos
tiveram o seu inspirado em uma citação de Henry David Thoreau, em o pequeno
livro da sabedoria.
O legal nesta história é que nos
nossos blogs nós conseguimos abordar rascunhados pontos de vista que liberavam
outra cadeia de questões, que tentávamos pôr em prática não só nos
questionamentos existenciais, comportamentais, filosóficos, mas também
acadêmicos. Ora, estávamos nos primeiros anos de faculdade e, milhões de
conflitos explodiam em nossas mentes, nada mais coerente do que isto se
manifestar em nossas formas de pensar, sem, contudo, chegar a conclusões
definitivas e fechadas.
Neles nós podemos explorar as
expectativas do mundo de uma posição não só interior, mas exterior de nós mesmas
e para além do que isso significa, como podemos ver através dos comentários de
quem nos acompanhava, e isto foi o essencial desta brincadeira. Pois, brincávamos
de sermos escritoras, enquanto aprendíamos que este caminho é bem mais
complicado. Essa troca, e aprendizado são bastante interessantes.
Algumas pessoas consideram
blogueiros como não sendo escritores, e puxa, isto é injusto. Na medida em que
quando começamos o trabalho de construção de um blog, e o vemos crescer, logo
percebemos a frente o quanto avançamos. Ou melhor, amadurecemos em nossas
ideias, escrita, entre outros.
Blogueiros podem até serem
indivíduos marginais, que fogem as regras de português, gramaticais, “grandes”
editoras, etc., mas podem sim ser classificados como uma nova categoria de
escritores, pois estes possuem voz, presença, ideias, autonomia para com erros
e acertos, entre outros, bem como um canal entre quem escreve e quem vos ler,
e isto também gera interação, troca, e por que não amizade?
Uma coisa que sinto falta nos
“meus” dois primeiros blogs é a provocação, ou seja, aquele desejo quase hostil
de tentar chegar à essência das coisas. Não que eu o tenha perdido, mas naquele
período era fácil e as palavras saiam com mais facilidade, ou talvez porque eu
fosse uma louca radicalista fora de limites, entretanto, como toda questão que
passa a ser séria demais e existencial além de toda compreensão, logo
percebemos que era hora de parar. E foi exatamente isto que fizemos. Porém, uma
ultima coisa: essa foi uma das parcerias mais legais que eu já tive, e da qual
em partes sinto mais falta. Haja o que houver, um blog é como um caderno/livro
de devaneios e crescimento para quem adora se superar. Vejo isto como fator positivo.
Beijos e até mais ver!!!
P.s: “Amor e outros dramas” é meu
quarto blog, e o primeiro inteiramente só.
Um comentário:
por incrível que pareça também tem 4 anos de blogosfera e de escrita. somos marginais porque não reconhecidos. é triste..mas, é a verdade.
Postar um comentário