quinta-feira, agosto 09, 2018

Sonhos REM


Allyne Duarte 
(09/08/2018)

Para recuperar vazios que se perdem em meio a multidões:
porque, eu sou um pedaço de coisa nenhuma 
que ganha espaço entre milhares de pedaços de nadas em comum. 

E se for para ser o que nunca esteve em planos nenhum,
prefiro fazer do meu futuro uma centelha de felicidade, 
que vaga entre sonhos recorrentes, 
que se dividem em capítulos REM. 

“Tic-tac”, “tic-tac”... 
Soam as notas de um relógio sem tempo ou pulso para usá-lo, 
ruas que se cruzam em encruzilhadas 
a definirem a minha vida de tempos em tempos,
a se tornar sombrias e frias.

Se afastam, se tocam... colidem.

Impacto. 

Fazem contanto e se vão. 

Nada que seja eterno enquanto dure, 
sofrido enquanto doer, 
que se perde em meio a pedaços de coisa nenhuma, 
a ganhar espaço entre milhares de coisinhas em comum.


So lonely.


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