segunda-feira, março 03, 2014

Eu não tenho amigos



Sou daquele tipo de pessoa que não tem amigos. Daquelas pessoas que se esconde a um canto e, que na verdade nunca está lá. Parece estranho, mas minha estranheza não é de encabular, porque eu sou assim, nasci para observar.

Eu não tenho amigos, porque tenho irmãos. É muito fácil dizer que amigos sempre estão ao nosso lado, mas os meus irmãos quase nunca estão aqui, pois se encontram a muitos KM de distância, e não me refiro a pessoas de outro universo, se não a pessoas de carne e osso. 

Não é que eu me sinta só, pois, falando sério, já me acostumei a essa sensação. Amigos sempre querem saber o que você anda fazendo, buscam algo de você como amor, dinheiro e sucesso, e também saber se você ainda continua sendo aquela mesma pessoa boa de ontem, mas raramente estão aqui pra vê como você cresceu.

De fato, irmãos não estão nem ai para o que você faz ou deixa de fazer, e na grande maioria das vezes são os primeiros a te jogarem fora, mas é quanto à lealdade, respeito e compreensão que eu menciono o caso de ter irmãos. E também as grandes intrigas e palavras de efeito moral que sempre nos tornam maiores.

Amigos passam, mudam, esquece-se de você, te desrespeitam em meio à multidão, e você não pode esquecer que irmãos também fazem isso tudo. Entretanto, só seus irmãos ficam ao seu lado para o que dê e vier, e pagam um bom advogado e as melhores bebidas de reserva especial – mesmo que a custo de belas reclamações – e serão sempre os últimos a te negar 100 vezes diante de um crime, só pra te encherem eles mesmos de pancadas depois. 

Porque é como diz o grande poema do “Filtro solar”: “Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro. E entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.”

XXX

P.s: Ficaram confusos? Eu explico. Não estou falando mal de amigos de verdade, mas sim daquelas amizades que não tem sentido nenhum e que não acrescentam em nada, porém que a gente termina acreditando que é eterna e da o nome “sagrado” de amigo. Não, eu tô falando de amizades que de tão verdadeiras se transformam em relação de irmãos, aquelas que de tão intensas atravessam anos e mais anos e que a gente considera família, assim como também de irmãos de sangue que se amam e odeiam muito, como é também o meu caso. 

P.s.2: Quero dedicar esse texto a todos os meus irmãos de sangue, coração e de alma que me acompanham pela vida, tanto real como virtual. Vocês são os meus maiores tesouros pessoal. Sintam-se amados, porque é assim que eu me sinto quanto a vocês.

P.S.3: Filhos – porque eu tenho vários - não fiquem com ciúme.


Um comentário:

Anônimo disse...

pretty nice blog, following :)